sábado, 30 de abril de 2011

DIA DA MÃE

Celebra-se neste 1º domingo de Maio o dia da Mãe.
Outrora, em Portugal, este dia ocorria no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição. O dia da mãe noutros países celebra-se em datas diferentes:

2º domingo de Fevereiro - Noruega
1º domingo de Maio - Portugal, Espanha, África do Sul, Líbano..
2º domingo de Maio - Alemanha, Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica, Dinamarca
10 de Maio - México, Índia, Guatemala,
4º domingo da Quaresma - Inglaterra
Último domingo de Maio - Suécia, França (se coincidir com o pentecostes passa para o 1º domingo de Junho)
2º domingo de Outubro - Argentina
2 semanas antes do Natal - Iugoslávia

A celebração do dia da mãe partiu da vontade de uma americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães.
Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Em qualquer Mãe, reconhecemos aquela Mulher que age com o coração, pelo amor. É aquela que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas num único olhar.
Não há palavras para descrever o papel e a missão de Mãe que só ela sabe fazer e cumprir. Só os filhos sabem qual o valor de mãe.
Porque é à Mãe que devemos dizer obrigado, por tão bem entender e aceitar a vida, mesmo com o sacrifício ou o risco da sua própria. Aliás, as mães tudo dão, tudo sacrificam pelos filhos.

Para a minha e todas as mães fica aqui a canção: Minha Mãe de Zeca Afonso. Só o zeca Afonso consegue esta intensidade e esta melodia tão profunda. letra simples mas com imensa ternura que só as mães merecem.

Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada,
Quem tem uma mãe tem tudo,
Quem não tem mãe não tem nada

Quem não tem mãe, não tem nada,
Quem a perde é pobrezinho,
Ó minha mãe, minha mãe,
Onde estás que estou sozinho?

Estou sozinho no mar largo,
Sem medo à noite cerrada
Ó minha mãe, minha mãe,
Ó minha mãe, minha amada.




Os poetas, os filhos dedicam às mães os seus pensamentos, a sua gratidão através das palavras. Aqui ficam mais estes poemas.

É HOJE O TEU DIA!

É hoje o teu dia, Mãe!
Mas sabes bem a razão
Porque o teu dia é também
Dia do meu coração.

Aliás, por graça de Deus,
A quem sempre te confias,
Todos os dias são teus,
como são meus os teus dias.

Para mim o céu imploras
E em bênçãos as mãos levantas
Contigo choro, se choras
Se canto, comigo cantas.

Cada sonho tem seu dia
Cada estrela tem seu brilho
Eu sonho a minha alegria
Na glória de ser teu filho.

Mons. Moreira das Neves


Ou esta canção. Letra e música de autores desconhecidos. Transmitem a verdadeira profundidade desta data.

MÃE QUE PALAVRA TÃO BELA

Mãe que palavra tão bela
E tão doce de expressar!
Outra não há como ela,
Nem mesmo a possa igualar!

Amor puro como o teu,
Amor santo e divinal,
Amor grande que é só meu,
Não há outro assim igual.

Ó minha mãe adorada,
Jamais posso agradecer
À tua alma, cansada
De tanto por mim sofrer

O teu nome mãe querida,
Nunca será esquecido;
Ficará p’ra toda a vida,
sendo sempre o mais querido.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

PÁROCO, NO DIA DE PÁSCOA, NÃO DEIXA CANTAR HINO DO GLÓRIA


O Pároco de Telhado, neste domingo de Páscoa, brindou os seus paroquianos com mais uma das suas atitudes: Impediu o Grupo Coral de cantar o Hino do Glória.
Passo a explicar:
Após o rito penitencial, dei a introdução (no órgão) para o presidente entoar o Glória (música F. Santos a mais conhecida e cantada em Portugal). É assim que tenho procedido nos dias festivos (Natal, Páscoa) bem como na chamada “missa do Senhor” que se celebra todos os quartos domingos de cada mês (a do mês de Abril foi adiada para o domingo seguinte porque era o domingo de Páscoa).
Mas, simultaneamente à introdução do Glória, o Sr. Pe Carneiro começa a rezar o Glória. Pára e interrompe para dizer que ao altar tem que ser dado conhecimento do que se vai fazer (não está reproduzido textualmente).
Depois prosseguiu a rezar o Glória.
Afinal que Páscoa celebramos? Que significa a ressurreição de Jesus? Não é alegria? Anúncio de uma Esperança? Ou proclamamos a morte, a tristeza?



No dia de Páscoa, em que se pretendia uma Eucaristia festiva, de alegria pascal, o Pároco com as suas atitudes prepotentes, e desrespeitadoras, tirou a dignidade litúrgica. Pois, o canto, a música na liturgia é para ajudar os fiéis a celebrar e a expressar a sua fé, n'Aquele que é a fonte de Vida e não de Ódio.


Podemos ver que no Céu, os anjos louvam a Deus, cantando-Lhe louvores. É o que podemos depreender pelo Livro do Apocalipse:
“Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder, porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos. Depois recomeçaram: Aleluia! Sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.
Então os vinte e quatro Anciãos e os quatro Animais prostraram-se e adoraram a Deus que se assenta no trono, dizendo: Amém! Aleluia! Do trono saiu uma voz que dizia: Cantai ao nosso Deus, vós todos, seus servos que o temeis, pequenos e grandes.Nisto ouvi como que um imenso coro, sonoro como o ruído de grandes águas e como o ribombar de possantes trovões, que cantava: Aleluia! Eis que reina o Senhor, nosso Deus, o Dominador!” (Ap. 19,1-6)

Parece que o pároco quer que Cristo continue crucificado.
Chega de ódio e de afastar as pessoas e movimentos da paróquia.

Para que serviu a Quaresma? Que mudança de vida? É só para os outros? Ou dentro da Igreja aplica-se: “Olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”!?


Por isso são pertinentes as palavras do ilustre Pe Alberto (diversas vezes o escutamos nos seus eloquentes e sábios sermões) a respeito dos padres: vale a pena ver o pequeno vídeo: "Nós padres pensamos. Nós falamos que o nosso ministério é um serviço. E, depois, chegamos a uma paróquia,......… aqui quem manda sou eu. Sou eu o superior. Porque é assim que fazemos a maioria dos padres nas paróquias. Eu corro-as todas. Eu ando cada semana numa paróquia.."
São palavras de um padre que conhece a realidade das paróquias, dos seus problemas e anseios.





Basta da linguagem do não. Parece que nesta terra de Telhado só há uma palavra: Não!
Agora não pode ser; logo não estou; não autorizo; não faço; não aceito; não serve; não recebo; não é responsável, não vou, não, não, não....


Celebrados 37 anos de Liberdade, eu digo que este povo não tem liberdade de dizer o que lhe vai na alma. Este povo de Telhado está amordaçado tal como o país. Aqueles que erguem a sua voz são colocados de lado, são expulsos. É o que vemos na política e é o que assistimos também nesta paróquia. Calar-se, cruzar os braços, ter medo é pactuar com os que querem manter tudo tudo na mesma.

Afinal quem é que expulsa e despreza as pessoas?


Lembro ao Pároco de Telhado a atitude de total desprezo para com o Frei José Maria no funeral da D. Mavilde Fernandes dos Santos (04-03-2011). Durante toda a cerimónia, o frei José Maria foi Ignorado. Não lhe foi permitido fazer nada. Digo permitido, porque no momento da oração Eucarística, o Pe Joaquim Faria Pereira ia deixar que o Pe José Maria rezasse a parte final mas o Sr. Pe Carneiro, intencionalmente, ordenou que o Sr. Pe Faria Pereira prosseguisse. Não fui o único a ver. Foram diversos paroquianos que ficaram indignados com esta atitude. Porque não leu a leitura ou o Evangelho? Porque não foi distribuir a comunhão?
Não é por este motivo que alguns dos padres de Telhado se afastaram da paróquia de Telhado?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

VISITA PASCAL

Telhado ainda tem a tradição da visita pascal, isto é, o anúncio de Cristo ressuscitado de casa em casa. Um grupo de leigos, que vulgarmente é conhecido por compasso pascal, leva o anúncio da Ressurreição.
Uma vez mais, este ano, percorreram a freguesia 3 compassos, desde o início do dia, até ao pôr do sol. Sempre se manteve a tradição do compasso todo o dia. Já na freguesia vizinha, S. Cosme do Vale, depois de alguns anos a realizar o compasso só de manhã, nestes últimos, voltou a decorrer a visita pascal ao longo de todo o dia de Páscoa.
É o estoirar dos foguetes que vai sinalizando a localização do compasso. Eles indicam se está atrasado ou adiantado. Tudo depende do tempo de demora em cada casa. os foguetes indicam o início e o fim, bem como o intervalo para almoço.
A tradiçaõ, apesar de se manter, não demonstra a alegria e frenesim que havia outrora. É fruto dos tempos, do desinteresse, da falta de motivação espiritual e interesse catequético e pastoral.



VISITA PASCAL EM S. COSME DO VALE


Ora se em Telhado, foram 3 compassos, em S. Cosme do Vale, percorreram a freguesia 7 compassos. Um desses compassos era constituído por elementos do Grupo Coral. Curioso é que em todas as casas, depois do anúncio pascal, e enquanto, o dono da casa dá a cruz a beijar, o Coral cantava um cântico pascal. Fica aqui um dos cânticos pascais neste vídeo e parabéns pela iniciativa. Acredito que ao final do dia as cordas vocais merecem descanso. basta o homem querer pois é possível louvar e dar hinos de Glória a Deus em qualquer lugar, poiis Ele disse " Onde se reúnem dois ou três em meu nome, eu estarei no meio deles".

sexta-feira, 22 de abril de 2011

MONTE CALVÁRIO..... ESQUECIDO?!!


Hoje, sexta feira Santa, estão os olhos voltados para o "calvário". Lá no alto três cruzes. No centro está Cristo, e dois salteadores, um à esquerda e outro à Sua direita. Lembremos a passagem relatada por S. Mateus:


"Foram crucificados com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam insultavam-n’O e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias,salva-Te a Ti mesmo; Se és Filho de Deus, desce da cruz».
Os príncipes dos sacerdotes,juntamente com os escribas e os anciãos,também troçavam d’Ele, dizendo:
«Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n’Ele. Confiou em Deus: Ele que O livre agora, se O ama,
porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’».
Até os salteadores crucificados com Ele o insultavam.

Desde o meio-dia até às três horas da tarde,as trevas envolveram toda a terra.
E, pelas três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
«Eli, Eli, lema sabachtani!»,que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?»
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
«Está a chamar por Elias».
Um deles correu a tomar uma esponja, embebeu-a em vinagre, pô-la na ponta duma cana e deu-Lhe a beber. Mas os outros disseram:
«Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».
E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.

Então, o véu do templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas fenderam-se. Abriram-se os túmulos e muitos dos corpos de santos que tinham morrido ressuscitaram; e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus,
entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
Entretanto, o centurião e os que com ele guardavam Jesus,ao verem o tremor de terra e o que estava a acontecer,ficaram aterrados e disseram:
«Este era verdadeiramente Filho de Deus».

Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para O servirem.
Entre elas encontrava-se Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu." (Mateus, 26)

O Calvário é símbolo de sofrimento mas também de libertação. Por isso, recordo aqui também o nosso monte calvário, (ver fotos) que tem estado ao abandono. Sem qualquer referência nem arrranjo para que os cristãos possam olhar para o Calvário e recordar este mistério que hoje celebramos: A morte de Cristo. Porque se despreza assim um local de "culto", de memória, de encontro? Digo de encontro, porque foi junto à cruz que ficaram os verdadeiros amigos de Jesus. Todos os outros fugiram de medo e assombração.

Está na hora de fazer algo por este local. É preciso dar-lhe a dignidade que ele merece. Que as fotos ajudem a reflectir sobre este património. Não deixemos que estes símbolos fiquem esquecidos e abandonados.





segunda-feira, 18 de abril de 2011

SEMANA SANTA: em Portugal e Espanha

Com o Domingo de Ramos inicia a Semana Santa, a semana "maior" onde se comemora, paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de oliveira e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento (símbolo da humildade). Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava “viva Rei dos Judeus”, “Hosana ao Filho de David”, “Salvé ó Messias”... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. É nesta entrada triunfal que começa uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz. Liturgicamente os paramentos usados são de cor vermelha. No entanto, ao contrário daquilo que alguns dizem, a cor roxa mantém-se até à celebração da vigília pascal. Os católicos são convidados a viver com mais intensidade cada momento desta semana, sobretudo, quinta e sexta feira santas. A semana santa é vivida e celebrada por todo o mundo de forma intensa. Em Portugal, Braga, é a cidade com maior peso e tradição nas celebrações e procissões de santa semana. Continua a ser um verdadeiro cartaz turístico. Nas Filipinas há a autoflagelação e as crucificações são um acontecimento anual que atrai milhares de turistas. Centenas de pessoas se auto-flagelam e outras dezenas percorrem o caminho do "calvário" com a cruz para depois serem pregadas nela. Aqui na nossa vizinha Espanha, a Semana Santa é uma das festividades que os nuestros hermnanos vivem com empenho, dedicação e entusiasmo. Mesmo as cidades mais pequenas tem as celebrações da semnana Santa. As mais ricas e com mior tradição são: Sevilha (aqui chegam a sair nas procissões um total supeior a 70 andores que muitas vezes são levados em ombros por 30 a 120 pessoas), Murcia, Cadiz, Málaga, Elche, Toledo, Léon, Valladolid, Zamora, Salamanca, Zaragoza. Em algumas destas cidades, pode assistir-se a mais de 7 procissões por dia. Sendo que algumas delas prolongam-se pela madrugada. O rufar dos tambores e o toque das cornetas, o marchar e bater da vara dos confrades são sons característicoas destas procissões. Aqui ficam algumas fotos da semana santa em Espanha.




 

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