quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Congresso Internacional sobre o presbítero “à escuta da Palavra”

Aqui fica um breve resumo e alguns vídeos de 3 dias de congresso internacional sobre o presbítero. Julgo ter sido muito importante a sua realização para despertar os próprios presbíteros adormecidos e acomodados às suas "almofadas", bem como, um meio de fazer sentir as comunidades na necessidade da mudança.
Mas, infelizmente, poucos serão os sacerdotes a mudar as suas atitudes, a envolver e responsabilizar os cristãos num crescimento mais sério e sedimentado nas comunidades que pastoreiam.
Na diocese de Braga, ainda se cultiva, em demasia, a religiosidade popular. Muitas tradições, mais pagãs que verdadeiros actos de fé. Pois, é mais fácil, "entreter" os fiéis com tradições, procissões, festas, do que prepará-los com consistência e aprofudamento. Demora mais, mas a firmeza na fé, o empenho, dedicação e envolvimento da comunidade onde está inserido dará os seus frutos.

Gostava de estar enganado. Mas nestes últimos 20 anos, a própria hierarquia da Igreja diocesana tem andado adormecida, a fazer de conta. Pois, as igrejas ainda têm fiéis, cada vez menos, mas vão tendo. Julgo que a diocese de Braga vive pela quantidade, alheando-se da qualidade, aliás foi uma crítica que Gisbert Greshake fez à acção pastoral que está voltada para o resultado, para o número, a quantidade e a eficiência.
Aos fiéis tem sido incutido essa quantidade. O ir muitas vezes. Porque motivo muitos fiéis ainda rezam o terço durante a missa?
Após 45 anos de Concílio Vaticano II, ainda muito há a fazer. Ainda se vive apegado demasiado ao passado e mesmo sem visões de futuro. Falta ainda a renovação da Igreja, concretizar e abrir mão do papel dos leigos no mundo e na igreja.
D. Jean_LouisBrugués sublinhou o rigor na formação dos seminários e acrescentou: "não podemos esperar um florescimento das vocações enquanto o rosto do padre não for redefinido". O futuro próximo nos dirá e demonstrará a realidade.
Um sacerdote é “um homem para os outros homens”, D. Jorge Ortiga.



Ocorreu em Braga, de 12 a 15 de Janeiro de 2010, o Congresso Internacional sobre o presbítero “à escuta da Palavra”. Realizou-se no âmbito das comemorações dos 450 anos da fundação do Colégio de S. Paulo, actual edifício Seminário Conciliar. O primeiro Congresso, também realizado em Braga, aconteceu em 25 de Outubro de 1905.

Participaram neste congresso mais de 300 sacerdotes e cerca de 30 leigos durante três dias para reflectir sobre o presbitério e as mudanças eclesiais e sociais a que são chamados.
Foram diversos os congressistas (D. Jorge ortiga, D. Carlos Azevedo, D. Manuel Clemente, D. António Couto, Gisbert Greshake, João Duque, Mons Jean_Louis Brugés, Santiago del Cura Elena, Marcelo rebelo de Sousa, Fátima Campos Ferreira, Isabel Jonet entre outros, a apresentarem os seus pensamentos, as ideias, reflexões e interpelações para uma igreja do futuro e em permanente mudança.

D. Jorge Ortiga espera que os sacerdotes sejam, acima de tudo “homens de Deus”. O Arcebispo de Braga afirmou durante o Congresso Internacional «À Escuta da Palavra» que um sacerdote tem necessariamente de fazer primeiro “experiencia de Deus 24 horas por dia”.
Um sacerdote é “um homem para os outros homens”, acrescentou, mas “só fazendo essa experiência de Deus é que ele pode trazer algo de novo para uma humanidade que caminha sem rumo certo”.
Afirmou o Arcebispo de Braga que a indiferença religiosa existe porque “nós não conseguimos fazer a diferença”. Por isso, D. Jorge Ortiga espera sacerdotes alegres, “ao serviço da comunidade, sem se cansarem, acreditando que a sua vida é entregue para que outros possam experimentar a mesma profundidade”.

O papel do Padre segundo três leigos

Marcelo Rebelo de Sousa frisou que a geografia marca a forma como se vê um sacerdote, partilhando uma visão de Lisboa e outra de Celorico de Basto, “duas realidades distintas que formam dois «Portugais»”.
A Norte o “grande peso da fé tradicional”, “um respeito generalizado nas cerimonias cívicas, com maior peso na gente mais velha do que na mais nova” mostram uma visão do padre “ainda parecida com a visão da sociedade rural de há 10 anos. O sacerdote é levado a desempenhar diversas tarefas. Tem de se desmultiplicar, apesar de uma crescente papel dos leigos”.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que os sacerdotes “não devem ser directores de IPSS. Não devem ter tarefas comunitárias correntes. Não devem ser os sacerdotes a ter a exposição no debate cultural, mas sim os leigos”.
E diz ainda: A humildade num sacerdote é essencial, “têm de resistir à moda, ao mundanismo”.
Finalizando, o professor universitário afirmou que a Igreja tem de deixar claro que está ao serviço dos mais pobres. “Se esta mensagem passar, a sociedade passa a ver com outros olhos o padre e a Igreja”.



Isabel Jonet, Presidente da Federação dos Bancos Alimentares, afirmou que um padre “tem de dar testemunho em todas as realidades, não apenas na espiritual”.
Considera que os sacerdotes devem ter tempo para “saber escutar, aconselhando com serenidade. Se ficam absorvidos pelas tarefas burocráticas deixam de ter tempo para ver e ouvir atentamente as reais necessidades das suas realidades paroquiais.
Isabel Jonet pediu aos padres para terem tempo. “Dêem tempo a si e às suas comunidades, para ver e ouvir”.




A jornalista Fátima Campos Ferreira deu conta da perda de orientação que a sociedade em geral sente. “Nos dias que vivemos ninguém tem a certeza de nada.
Fátima Campos Ferreira considera que o mundo enfrenta o desafio da missionação. “Precisamos de uma nova missionação. Isto implica que o sacerdócio seja o ponto central da sociedade”. Esta exigência requer uma melhor preparação do sacerdote


OUTROS VÍDEOS








SER PADRE HOJE:





quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FORMAÇÃO ARCIPRESTAL DE CONSELHOS ECONÓMICOS EM LANDIM

Nos avisos paroquiais do último domingo, o Pároco de telhado, falou na existência de uma reunião para os conselhos económicos que iria realizar-se. Mas, a maior parte dos presentes não ficou a perceber o que era, a quem se destinava nem o local. Talvez quisesse dizer Comissão Fabriqueira. Mas ficou a dúvida. Pois, a maior parte dos paroquianos não tem conhecimento dos seus elementos.

Mas segundo a Agência Eclesia ( ver em http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77329) noticia:
Foi no passado domingo, dia 17, em Landim, que os elementos dos Conselhos Económicos de todas as paróquias do Arciprestado de V. N. Famalicão tiveram oportunidade de viver um encontro de formação. Este realizou-se às 17h30, no Salão Paroquial, imediatamente antes da inauguração da Exposição Arciprestal de Peças de Culto Eucarístico na Igreja paroquial desta mesma paróquia.
Este encontro de formação, que contou com uma boa participação por parte dos Conselhos Económicos da maioria das paróquias do Arciprestado, iniciou com as palavras de acolhimento e boas-vindas aos presentes, por parte do Arcipreste, o P.e Mário Martins, seguindo-se depois um momento de oração, onde a proclamação da Palavra de Deus, ou não estivéssemos nós em pleno triénio da Palavra, teve lugar de destaque.
Depois de acolhida a Palavra, o encontro prosseguiu com a formação propriamente dita. Esta formação, cujo grande objectivo passava por preparar os elementos dos Conselhos Económicos para melhor servirem as suas comunidades, foi constituída por dois momentos distintos.
Assim, numa primeira parte tomou a palavra o Dr. Mário Paulo, economista da Arquidiocese, que abordou questões de índole económica e fiscal, tais como o Novo Código Contributivo do Sistema Providencial de Segurança Social e a Percepção de Receitas Fiscais, esclarecendo algumas particularidades referentes à nova legislação que rege estas questões.
Numa segunda parte, foi dada a palavra ao Cónego José Paulo Abreu, representante da Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais, que abordou a temática do património das paróquias, procurando relacionar a arte, a fé e os símbolos. Depois de reforçar a necessidade de todas as comunidades paroquiais registarem o seu património, salientou de forma entusiasmada que “toda a arte da Igreja, como as construções, esculturas, paramentos, peças, … é altamente simbólica”. Deste modo, e tal como referiu, o património das paróquias não tem apenas um valor material, mas devemos avaliá-lo também “como meio de Evangelização”, na medida em que toda a arte comunica a mensagem de Jesus Cristo.

Deste modo, foi com esta abordagem, que deixava já antever a inauguração da Exposição Arciprestal de Peças de Culto Eucarístico, que se realizou de seguida, que terminou este encontro de formação para os Conselhos Económicos, que, através da reflexão destas duas temáticas fundamentais no tocante à sua esfera de actuação, viveram uma excelente oportunidade para esclarecer dúvidas e clarificar questões, num espírito de rica e saudável comunhão, com a Arquidiocese, mas também com as restantes comunidades do Arciprestado.
Departamento Arciprestal da Comunicação Social

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

AMI NO HAITI - AJUDE PARA QUE POSSAM AJUDAR

A AMI é uma fundação criada em 5 de Dezembro de 1984, pelo médico cirurgião urologista Fernando Nobre, destinada a intervir rapidamente em situações de crise e emergência e a combater o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza, a exclusão social e as sequelas de guerra em qualquer parte do Mundo.
A AMI criou doze equipamentos Sociais em Portugal e já actuou em dezenas de países de todo o Mundo, para onde enviou toneladas de ajuda (medicamentos e equipamento médico, alimentos, roupas, viaturas, geradores, etc.) e centenas de voluntários.

E, perante a tragédia e destruição provocada pelo sismo que ocorreu no dia 12, a AMI parte para prestar auxílio às vítimas no Haiti.

Por isso, a AMI, precisa de ajuda. Nem que seja um simples euro. Colabore para que a ajuda chegue a quem precisa. A AMI, é uma das instituições que ao longo destes anos tem demonstrado que podemos confiar os nossos donativos. Consulte todos os dados em: http://ami.blogs.sapo.pt ou http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p5p18

Contribua para esta missão através do NIB: 0007 001 500 400 000 00672
IBAN: PT 50 0007 001 500 400 000 00672 SWIFT: BESCPTPL
Multibanco: Entidade 20909 Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços.




segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

JARDIM DE INFÂNCIA DE TELHADO. PARADO?

Foi no dia 17 de Setembro de 2008, que o presidente da Câmara lançou a primeira pedra do jardim-de-infância de Telhado. Estamos em 2010. Diz o cartaz, lá mesmo ao lado: Prazo para execução: 354 dias. Já devia estar em funcionamento neste ano lectivo. Afinal, que se passa com as obras? Paradas? Ou vai acontecer como muitas obras que se têm feito nesta freguesia: começam e ficam sem ser concluídas?
Nessa altura o edil famalicense afirmava: «Não vamos permitir atrasos, nem que haja freguesias a duas velocidades», declarou, notando um «grande equilíbrio» entre as 49 freguesias.
Confirmar em: http://www.cidadehoje.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=767&Itemid=159

domingo, 17 de janeiro de 2010

EXPOSIÇÃO SOBRE AS MISSÕES DOS CAPUCHINHOS PORTUGUESES

De 16 a 30 de Janeiro, Barcelos acolhe uma exposição sobre as missões dos Capuchinhos Portugueses em Moçambique, Angola e Timor-Leste. Intitulada «Um partir em cada manhã», na antiga loja «Sá cortinas», perto da Igreja do Senhor da Cruz, a exposição mostra o trabalho destes missionários naqueles países lusófonos.

Desde 1944, eles percorreram milhares de quilómetros passando por Moçambique (1944), Angola (1954) e Timor-Leste (2003).

Oportunidade de conhecer ainda melhor os capuchinhos e ver o seu papel e missão uma vez que Telhado tem dois padres Capuchinhos (Frei José Maria, em Gondomar e Frei António Joaquim, em Camabatela, Angola).

Actualmente, os Capuchinos, em Portugal tem as seguintes comunidades (Barcelos, Porto, Gondomar, Fátima, Lisboa e Baixa da Banheira). No mundo: Timor Leste e Angola.

EXPOSIÇÃO SOBRE CULTO EUCARÍSTICO EM FAMALICÃO

Decorre de 17 de Janeiro a 7 de Fevereiro, na Igreja paroquial do Mosteiro de Landim, uma Exposição arciprestal de Peças de culto Eucarístico. Este evento insere-se na comemoração dos 300 anos dos Lausperene na Arquidiocese de Braga.

A exposição estará aberta ao público nos seguintes horários: de Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h30; ao Sábado e Domingo, das 14h30 às 17h30. Nos dias 24 e 31 de Janeiro, das 17h30 às 18h30, haverá exposição do Santíssimo, hora de adoração e vésperas. A exposição encerrará no dia 7 de Fevereiro, com a oração de vésperas solenes.
Esta Exposição mostrará peças provenientes de quase todas as paróquias do Arciprestado de V. N. Famalicão, que além de antigas e de valor patrimonial, guardam em si a riqueza ímpar de estarem, na história de cada comunidade, associadas ao culto de Jesus Eucaristia.

domingo, 10 de janeiro de 2010

BREVEMENTE: DOCUMENTOS E NOVIDADES

Muito brevemente publicarei documentos e cartas de coisas sobre a paróquia de Telhado e seus intervenientes.
A Chama e a esperança não pode terminar!!!

FESTA DO MENINO

Praticamente em todas as paróquias do concelho e diria que do Minho se realizam as festas em honra do Deus Menino.
Em Telhado e durante muitos anos, esta festa era realizada pelos jovens solteiros. Os rapazes tratavam de toda a organização e preparação da festa e as raparigas dedicavam à feitura das flores para a ornamentação exteior. Mas, até esta festa quase terminou. Sempre se foi fazendo em função da vontade do povo e da sua contribuição.
Nos últimos anos, esta festa tem sido promovida pelos escuteiros, Agrupamento 464, desta paróquia. Tal com já referi num dos artigos anteriores, também o presépio foi da responsabilidade dos escuteiros bem como a ornamentação exterior.
Aqui ficam algumas fotos da festa. Um dia gelado e com alguns flocos de neve. Nada de assustar. Até foi possível a saída da procissão.

Tal como é tradicional em qualquer festa, no final do sermão, procissão, seguiu-se o momento de diversão com a actuação do grupo de música popular "Os chegadinhos ao Copo".

Devido ao frio, a actuação foi no interior do salão paroquial. Infelizme o espaço não permitiu que o grupo mostrasse a qualidade que imprime na sua actuação e música. Parabéns pelo progresso e pela divulgação da música popular.

sábado, 9 de janeiro de 2010

PARÓQUIA DE TELHADO: QUE FUTURO?

No início de mais um ano, volto a escrever para alertar e despertar as consciências adormecidas. De facto, há na nossa sociedade pessoas, entidades que gostam que o povo ande entretido e até anestesiado. Se não é com o futebol, é com casos que entretém e não deixam que o povo pense. É o que se passa neste momento no nosso país: não interessa falar da verdadeira crise, lança-se na sociedade o tema do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Serve para tentar esconder problemas graves e sérios que afectam muitos portugueses (o aumento do desemprego, a instabilidade económica, a crise social, o fecho diário de muitas empresas). Por isso, constatamos que há uma irresponsabilidade muito grande por parte daqueles que elegemos e confiamos os destinos do nosso país. Antes das eleições é só promessas. Depois de sentados e instalados fazem um manguito ao “Zé Povinho”. Mas curioso que o Povo vê, sabe e deixar andar. E muitas vezes continua a aplaudir. Pois dizem, são todos iguais. E os governantes continuam a gerir, digo, gastar, mal o nosso dinheiro. Queremos ser como os outros nalgumas coisas. Mas nas essenciais (ordenados, saúde, impostos, produtividade, reformas, justiça…) continuamos na cauda dos países da comunidade.
É o país e a minha terra. Que futuro?
A nossa paróquia está a ficar parada. Gostava de a ver mais dinâmica, mais evoluída social e culturalmente. Com meios, recursos e espaços para os jovens se encontrarem, os idosos partilharem os momentos de solidão e de partilha de experiências.
Sinto que nesta terra há pessoas que receiam quando outras pensam, têm ideias e projectos. Vivemos no mundo onde é necessário reflectir e não se deixar levar por aquilo que nos querem impingir ou até mesmo tentar uma “lavagem” ao cérebro. Já passou o tempo de um pensar e os outros seguirem ao toque da corneta. Ou o tempo de ouvir e calar. Na vida, muitas vezes, precisamos de fazer silêncio, parar e reflectir sobre o presente e o futuro da nossa comunidade. Olhando para o passado, não se vislumbra grande futuro. Muitas vezes me interrogo: Afinal o que é feito da vontade do povo de Telhado? Onde está a vossa ousadia, a vossa coragem? Talvez o povo de garra, de energia, de luta perdeu-se no tempo.
Por isso, o pároco de Telhado, recentemente, afirmava no altar: “muitos de vós não tendes Fé. Tendes fezes”. Será que tem razão? Ou o povo de Telhado perdeu mesmo a fé?
Aliás, na altura, tal afirmação além de me deixar perplexo provocou-me a dúvida se fé teria plural ou não. Mas de facto, fé não tem plural: é fé. Ou o crente tem fé e, acredita, ou não tem fé e, simplesmente, não acredita. Portanto, fezes, pode ser tudo menos o plural de Fé.

Preocupa-me ver o povo de telhado apático, indiferente, de braços cruzados. Um povo que continua a ignorar os problemas sérios que permanecem nesta terra. Povo que não reage e não quer ver o que é óbvio. Nada diz e muito menos faz. Vejo e oiço a criticar. Mas não vejo este povo de Telhado a reunir-se, a discutir os assuntos com seriedade, frontalidade, verdade e sem medo. Quem o faz? Onde? E quando? Não tenho conhecimento. Só burburinho e nada mais. Muitos homens e mulheres assistem e muitas vezes lavam as mãos como Pilatos. Fazem de conta que não lhes diz respeito.
Mas chegará o dia em que seremos responsabilizados pela nossa inacção. Pois, pecar pode ser por acção ou por omissão. E muitas vezes, os pecados de omissão são tão ou mais graves que os de acção. E tantas coisas que deixamos de fazer porque não nos queremos chatear, pois dizem, estão cansados.
Também os “altos responsáveis” continuam a pactuar com este estado de coisas. Eles acham que deve ser resolvido com diálogo, com palmadinhas nas costas. Diálogo? Nesta terra não existe diálogo nem tolerância. E ai daqueles que levantam a voz e discordam. Usa-se de vingança, afasta-se ou tenta-se afastar pessoas, acabam-se movimentos, deixa-se tudo ao abandono e em plena degradação.
Esses Responsáveis, aparecerão um dia a tentar remediar o que já não tem cura. Aparecerão como salvadores e apaziguadores. Eles sabem mas fazem de conta que está tudo bem. Sorriem, exortam ao trabalho, ao convívio. Pedem a mudança mas eles próprios não mudam nem exigem porque lhes falta a coragem e capacidade de exigência e respeito.
Povo de telhado está na hora de acordar e sair deste marasmo.
Vale a pena sonhar como diz o poeta António Gedeão na Pedra Filosofal:


Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança
.


Neste Natal não foi possível “arrancar as barbas” e “enterrar o Pai Natal” nem muito menos “atirá-lo pela chaminé e queimá-lo”.
Mas em 2010, é preciso enterrar e colocar de lado muita coisa. Sem isso, Telhado continuará a regredir. Pense e faça alguma coisa por esta terra que se chama Telhado.
Não deixe que o património humano, cultural e material continue a degradar-se.
Artigo publicado no Jornal Pegadas em 10 de Janeiro de 2010.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O PRESÉPIO E O NATAL DE TELHADO

Como é natutal e normal, também a nossa paróquia de Telhado fez o seu presépio.
Este ano, a feitura do presépio foi da responsabilidade dos caminheiros. Simples, criativo e bonito. Gostei imenso do efeito das telas e das lâmpadas. Belo trabalho. Os jovens, uma vez mais mostraram que são capazes e responsáveis. Parabéns!

Também como tem sido hábito, a ornamentação interior da igreja esteve a cargo do Grupo Coral. Depois do trabalho de ornamentar os cordas com os pinho natural foi o trabalho de os colocar com pormenor.
Além disso, o Coral, nas missas de Natal, Ano Novo e ainda na festa do Menino procurou tal como os Anjos: Dar Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens.
De salientar a participação do Jovem trompetista,de 15 anos, Luis Barroso, nas eucaristias. De facto, a eucaristia ficou mais enriquecida. Só recentemente tive conhecimento que este jovem toca trompete. E toca muito bem. Obrigado pela tua participação e espero que participes mais vezes com o Grupo e com o Telmo Guerreiro à Viola de Arco formar um duo. O canto eleva-se e torna-se mais sublime. Foi pena a incompatibilidade dos horários do João Filipe para se juntar com a sua Tuba. Espero que numa próxima possamos juntar mais instrumentos. Foi este o resultado. Isto foi possível porque alguns elementos do Grupo Coral dedicaram muitas horas para esta ornamentação.

domingo, 3 de janeiro de 2010

 

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